A poesia de Orides Fontela e a recusa da subjetividade Article Sidebar pdf Publicado ene 16, 2020 Main Article Content Adriana de Fátima Barbosa Araújo Universidade de Brasília Article Details Número Núm. 44 (2019) Sección Artículos Cómo citar Barbosa Araújo, A. (2020). A poesia de Orides Fontela e a recusa da subjetividade. Contextos: Estudios De Humanidades Y Ciencias Sociales, (44). Recuperado a partir de http://revistas2.umce.cl/index.php/contextos/article/view/1523 Formatos de citación ACM ACS APA ABNT Chicago Harvard IEEE MLA Turabian Vancouver estadisticas Descargas La descarga de datos todavía no está disponible. Resumen Salta aos olhos, na poesia de Orides Fontela, a quase ausência da subjetividade na configuração de um “eu” que se conecta com o gênero humano em sua genericidade. Tecendo essa ideia, pretendo apresentar uma leitura de alguns poemas de Transposição, publicado em 1969, em que discutirei a forma poética encontrada pela autora, na qual não temos a experiência do calor da hora, da luta ou da apatia política, das palavras de ordem, do confessionalismo e da espontaneidade emocional, mas uma poesia condensada pelo uso recorrente da mediação entre os nexos simbólicos dos valores essenciais presentes no intercâmbio entre as dinâmicas da natureza humana e da natureza simbólica. Pássaros, flores, fontes, fluxos, luz, tempo, silêncio e solidão se conectam com o comum do cotidiano e com o presente no poema. Nesse sentido, proponho que através da negação do “eu” individual, a poesia de Orides flutua sobre o contingente na sua evocação do real.